Máscaras de mergulho serão doadas e adaptadas para respiradores em hospitais
Mais de 3 mil máscaras de mergulho full face do modelo “Easybreath” foram doadas para empresas médicas de Campinas, Porto Alegre e Paraná. A ação é da marca Decathlon, loja de artigos esportivos que disponibilizou todo o estoque do produto para auxiliar o sistema de saúde no combate ao novo coronavírus.
A iniciativa surgiu na Itália, um dos países mais afetados pela pandemia do Covid-19. Pacientes infectados pelo coronavírus que apresentam quadros graves respiratórios precisam de internação rápida e, em alguns casos, precisam de respiradores artificiais, um artigo hospitalar de alto custo e baixa disponibilidade. Pensando em uma solução para ajudar no tratamento, o médico Renato Favero, chefe do Hospital Gardone Val Trompia, localizado a 50 minutos de Bérgamo, na Itália, solicitou a criação de um protótipo com ajuda da impressão 3D para a startup Isinnova, que com o auxílio de engenheiros italianos, está produzindo os adaptadores que transformam as máscaras de snorkel em máscaras de CPAP, que são utilizadas durante o tratamento com oxigenoterapia em pacientes.
Máscaras de mergulho serão doadas e adaptadas para respiradores em hospitais. Foto: Isinnova/Divulgação
A parte crucial do equipamento é a “Válvula Venturi” (impressa em 3D), dispositivo que conecta a máscara a um tubo de oxigênio. “Fomos informados de que o hospital procurava desesperadamente por mais válvulas. Elas estão escassas no momento. A produção não consegue atender à demanda”, disse Cristian Fracassi, 36, fundador da Isinnova. “Quando soubemos da falta, entramos em contato com o hospital imediatamente. Imprimimos alguns protótipos, o hospital os testou e nos disse que eles funcionavam. Então, imprimimos cem válvulas e eu as entreguei pessoalmente”, contou. Agora, a empresa está se preparando para fabricar cem válvulas por dia.
Apesar de a invenção ter pedido de patente, ela é de livre uso para que hospitais possam atender os pacientes com a técnica demonstrada neste vídeo:
Com o aumento do número de internações de pacientes contaminados com o novo coronavírus, as empresas médicas que fabricam respiradores aceleraram a produção e até mesmo montadoras consideram ajudar na manufatura dos equipamentos, mesmo sem ter especialização nesse tipo de produto.
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