Mergulho mais profundo da história encontra saco plástico
Mergulho mais profundo da história encontra saco plástico

Mergulho mais profundo da história encontrou saco plástico

O oficial da marinha aposentado Victor Vescovo bateu o recorde histórico de mergulho marítimo mais profundo. Usando um pequeno submarino, ele alcançou 10,927 metros de profundidade — 16 metros a mais do que o recorde anterior. Sozinho, ele atravessou as Fossas Marianas, localizadas no Pacífico, onde fica o ponto mais profundo de todo o oceano. O mergulho durou quatro horas e pode ter descoberto quatro novas espécies de animais. O triste é que o mergulho mais profundo da história encontrou saco plástico.

Além de passar por peixes translúcidos, típicos das zonas abissais, o marinheiro encontrou algo ainda mais estranho: sacolas plásticas e papéis de bala. Essa não é a primeira vez que encontram lixo no fundo do oceano, o que só aumenta a preocupação com o ecossistema marinho.

A viagem de Vescovo faz parte da Expedição das Cinco Profundezas, que pretende chegar aos locais mais fundos de cada um dos oceanos. Agora só falta ver quanto lixo vão encontrar por lá.

Embarcação especial

Todas as explorações de Vescovo foram feitas usando um submarino do tipo DSV (Deep Sea Vehicle), um tipo de embarcação tripulada especial para grandes profundezas. O veículo da expedição ganhou o nome de Limiting Factor (Fator Limitante, em tradução livre) e pode carregar dois tripulantes. Ele tem 12 toneladas e pode suportar a pressão esmagadora no fundo do oceano, operar no escuro e em temperaturas congelantes. É lançado e recuperado a partir de uma “nave-mãe”, um navio de apoio, que ganhou o nome de Pressure Drop (Queda de Pressão, em tradução livre).

Mergulhos profundos de Victor Vescovo

Vescovo disse que tinha muito a agradecer às pessoas que trabalharam com ele (só não ficou feliz porque o mergulho mais profundo da história encontrou saco plástico).

“São coisas que precisam ser feitas” disse ele à uma matéria da BBC News. “Tenho a filosofia de que não estamos aqui apenas para sobreviver ou apenas para estarmos confortáveis, mas para contribuir de alguma forma. E o caminho que eu escolhi foi o de viver uma aventura enquanto faço algo que possa nos levar para frente enquanto espécie.”

O explorador é investidor e reservista da Marinha americana. Sua riqueza já o permitiu esquiar em ambos os polos e escalar as maiores montanhas em cada continente.

Suas explorações também permitiram diversos avanços científicos, já que ele financia as pesquisas necessárias para as empreitadas. No curso da sua última expedição mundial, pesquisadores usaram mais de 100 aterrissadores – estruturas que são afundadas para o fundo do mar e que gravam o que veem e o que sentem ao longo do caminho e quando chegam no fundo.

O time científico da expedição diz que descobriu quase 40 novas espécies no processo. Um grande catálogo de amostras biológicas e aquáticas aguarda análise no laboratório, incluindo um grupo único de amostras de águas profundas obtido em cada um dos cinco locais visitados.

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